segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Do ponto de vista

Aluno: passou o fim de semana inteiro e perdeu aquele encontro com aquela menina show de bola pra ler todos os textos que iam cair na prova.Deixou de ir a praia e levou o material até pro trabalho pra ver se conseguia dar uma lidinha.Chegou mais cedo na faculdade umas quantas vezes pra ficar fazendo exercicios e resumos da materia.Tirou dúvidas com o monitor, amigos e decidiu que ia fazer as provas anteriores.Assistiu todas as aulas, sentou lá na primeira fileira, se incomodou com a conversa paralela e virou noites.Fez a prova e tirou 4,5.

Professor: Passou a porra da madrugada montando uma prova fácil e objetiva pros alunos da turma de grego.Ficou estressado com os burburinhos durante a sua aula.Pasou toda a matéria no quadro e ninguém levantou o dedo pra fazer perguntas.Perdeu a paciencia com trabalhos entregues fora de data e trabalhos mal feitos.Corrigiu a prova de um dos seus alunos e, sem olhar o nome dele, exclamou "esse cara é um inútil!".

Era a prova do nosso companheiro ai em cima.

Pergunta: qual é a forma correta de estudar?Qual a forma mais eficaz de rendimento?Por que há tanta gente inteligente desvalorizada por ai?Por que todo o esforço não é recompensado?

Vai entender o que é um professor-aluno...

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Da grande decisão

...e quando vejo que não é bem assim eu fico sem entender porque é que tem que ser por esse caminho, porque eu acho que não sou tão ruim a ponto de ser tratada de forma X e nem tão boa pra ganhar exclusividade, se bem que eu queria muito um pouco de destaque mas acabo acreditando que não conseguiria alcançar um status como esse, porque na verdade tudo aquilo me relaxava e me fazia me sentir bem e me deixava leve e me deixava tantas coisas mais inclusive feliz e quando eu penso nisso hoje, ah, hoje foi tão estressante, porque eu sai de casa hoje?Aliás eu tenho que resolver como eu vou fazer pra arrumar meu quarto que tá uma zona, mas é tanta coisa na minha cabeça, tá vendo?To eu aqui me matutando uma grande decisão e já lembrei que eu tenho um quarto zoneado pra arrumar, mas eu tenho que encontrar tempo entre namorado faculdade trabalho pra arrumara aquele maldito quarto porque eu nem consigo entrar nele outro dia tentei fazer o Chon-Ji no meu quarto, mas nem o gonum so dava pra fazer direitinho, mas isso me faz lembrar da minha questão inicial a minha grande decisão envolve dinheiro e dinheiro é uma coisa que faz falta porque é uma coisa que tenho cada vez menos e essa decisão vai influenciar, sei lá e na verdade nem é o dinheiro é o valor das coisas em si porque será que sou tão ruim pra ser esquecida?Meu dinheiro que se vai embora e eu nem sei se o valor do dinheiro é compatível, não que eu compre alguém, mas é que eu achava que poderia ser melhor pelo dinheiro que gasto, sem querer dizer também que eu pago pra receber atençao porque eu nao mendigo nada de ninguém, eu tenho tudo que eu preciso dentro de mim, eu dou minha propria atençao e o valor que eu mereço, mas o problema é a minha autoavaliaçao que sempre é muito rebaixada e eu me sinto rebaixada pelo meu contexto eu me encontro tão desvalorizada que eu não sei se a decisão a ser tomada é sair ou não do...


P.S.:o proximo post será em resposta dos seus comentários.Gente, mesmo que odeiem comentar nos blogs dos outros, deixe seu nome nos comentários, só dizendo o que achou do que escrevi (quero me expandir nessa area, já falei, po!!!!)

sábado, 13 de outubro de 2007

Da infância

Eu tenho 22 anos.Isso significa que estou na faculdade, trabalhando, sofrendo problemas financeiros, namorando sério e tendo todos os problemas de gente grande que costumam acontecer.É lógico que isso tudo não se encaixa com o que vivi há dez anos atrás, quando eu era uma menina que estava saindo dessa fase da infância.A falta que eu sinto do carrinho de rolimã descendo a ladeira e dos tombos homéricos que levei quando eu jogava bola no estacionamento do prédio não se comparam a nada.
Eu era um menino, assumo.Jogava bola, adorava as aulas de judô que eu não fazia (é coisa de menino, dizia mamãe), corria atrás dos meninos pra bater e até bati em algumas meninas da escola.Sim, sempre fui muito marrenta.Adorava uma bermuda, mas eu me sentia deslocada das amiguinhas por ser praticamente um moleque.Então eu brincava de Barbie.Passava a tarde inteira na casa da minha melhor amiga que virou minha irmã, a Sá, penteando cabelos de boneca, vestindo-as para bailes com musiquinha que a gente promovia entre as nossas bonecas.As minhas bonecas eram lindas e as roupinhas da Sá eram muito legais, então a gente se divertia de verdade.Tardes e tardes no quarto dela, comendo pipoca e brincando de bonecas.Assim eu aprendi a cuidar dos meus brinquedos.Eles tinham caixas específicas, eu fazia a zona na sala, minha mãe ficava doida, mas pra arrumar eu levava décadas; eu colocava peça por peça dentro da caixa, pra não quebrar ou amassar.Antes do meu irmão nascer, eu tinha Barbies lindas, roupinhas fantásticas, ursos de pelúcia, mas me amarrava numa bola de futebol.Depois que ele nasceu, muitos carrinhos e bonecos daqueles seriados japoneses (Jiraya, Jaspion, essas coisas) tomaram conta da sala.Aprendi a gostar de carros e ensinei meu irmão a cuidar dos carros dele.Claro que sem muito sucesso, ele é uma máquina mortífera!Mas eu tentava, e isso valeu a pena.Montávamos Lego, ficávamos a tarde toda com aquela cidadezinha de pecinhas coloridas pela sala, meu avô pisava nas pecinhas espalhadas na sala e minha mãe tinha infartos só de pensar.Na verdade, meu avô sempre deu corda pras nossas bagunças.Meu irmão sentiu muita falta dele quando ele foi pro hospital e nunca mais voltou.A lembrança mais bonita da minha infância era meu avô, com seu chimarrão sentado na cozinha as nove da manhã.Quando ele foi embora, eu já era uma adolescente.Mas meu irmão era criança de carrinhos e Lego e ele ficou muito mal.
Adorava viajar pra Angra.Minha tia tinha uma casa absurdamente linda perto do corpo de bombeiros da cidade e tinha piscinas enormes e azuis.Eu ficava doida!Adorava brincar de tubarão naquelas piscinas.Quando eu era bem pequena, eu ficava na piscina de gente pequena; quando eu resolvi cresceeeeeeeeeeeeeeeeeeeeer, passei a frequentar a piscina de gente grande...com 11 anos.As meninas que iam brincar na casa da minha tia tinhas 12 ou 13 e ficavam na piscina pequena.Dentre tantas outras observações que fiz ao longo da minha puberdade, percebi que teria problemas com a minha aparência.
A familia do meu pai é composta por pessoas gigantescas.Meus avós, pais dele, nao eram tao grandes assim, mas meus tios nao sao tão baixinhos quanto eles cismam em dizer.Meu pai tem 1,84m.Nas festinhas da escola, era um saco montar um par para mim nas festas juninas.Eu queria dançar sempre com o mesmo menino, a minha primeira paixãozinha (que me rendeu uma história peculiar uns 15 anos depois), mas ele sempre foi muito baixinho.Aliás, TODOS da minha turma da escola eram muito baixinhos pra mim.Minha mãe dizia que eles eram baixinhos, mas eu sabia que era exatamente o contrário; EU era muito absurda pra eles.Enfim, micos à parte, porque eu tinha que dançar com aqueles guris que batiam nos meus decotes do vestido da festa junina, sempre curti participar dessas apresentações da escola.Na 4a série, eu segurei um cartaz, minha mãe ficou toda orgulhosa e tirou dezenas de fotos.O que dizia no cartaz: um ponto de exclamação.É, assim, ó: !
Eu fazia balé.É, não riam, eu fazia balé!!!Usava aquelas roupas rosas, com sainha, meia calça e maiô, um coque na cabeça e lá estava eu, linda e bela, com minhas sapatilhas também rosas.Eu me sentia a garota mais bonita da turma.É claro que eu não era, aos dez anos eu era um vara pau!Era estranha, eu...Continuando, ai eu fazia balé.Levantava minha perna nas alturas, saltava como uma pluma e tinha aquele perfil de bailarina...claro que eu sempre ficava escondida no palco, as meninas mais bonitas ficavam na frente.Eu odiaaaaaaava isso!Foi ai que eu tive um surto de inteligência e passei pro CPII.Tive que sair do balé!Foi ai que a minha professora de balé decidiu dar uma valorizada na criança que vos fala.Passei a dançar lá na frente, no meio do palco, e todos conseguiam me ver.Linda?Lógico!Era a única da turma que usava sutiã.Ah, me sentia o mulherão.Há quem diga que hoje sou um mulherão, mas aos dez anos, quem tinha peito era um mulherão!
Minhas brincadeiras de rua foram os piques, que me renderam um gesso na perna aos 7 anos.Virei o xodó da tia.Muletas, gesso e cara emburrada.Nunca ficava feliz com machucados que limitam meus movimentos.Estou contundida hoje por causa do TKD (Gabriel, matador de criancinha, que piorou meu pezinho depois que eu chutei a mão de pedra do Jeffrei¬¬) e isso tirou todo meu humor do feriado.Aos sete anos eu me ralei, cai de cabeça, e torci o pé esquerdo.Na minha adolescência tirei 7 dos dez dedos da mão do lugar e ferrei o joelho, tudo no futebol e handbol da escola.Sempre ficava de mau humor.Voltando aos sete anos, foram 15 dias com aquele gesso maldito.Ao tirar aquela porcaria, voltei a aprontar e correr, e todas as cicatrizes vieram.Elas sumiram com o tempo, mas meu joelho era constantemente coberto com band-aids.Hoje tenho 4 cicatrizes: uma no pé, por causa de futebol, uma no tórax, quando o espelho do banheiro caiu em cima de mim e duas na virilha, quando fiz um exame.Isso ainda foi na minha infância, mas no finzinho dela, quando fui na casa de uma amiga em Vista Alegre (no CPII conheci muitos lugares longínquos - agora ando explorando áreas perigosas) e um pernilongo estranho me picou.Minha perna ficou cheia de manchas verdes e marrons e eu fui numa dermatologista pra saber o que rolou.Ela tirou um pedacinho da minha pele bem perto das manchas: na virilha.
Curtia Xuxa, Paquitas, Trem da Alegria e Os Abelhudos.Adorava Mara e, quando fiquei mais velha, com uns nove anos, passei a gostar de Eliana.Aos 11, descobri os clássicos japoneses, Sailor Moon, Cavaleiros do Zodíaco, Jaspion e Jiraya.Adorava Sandy e Jr e fui fã deles até uns 18 anos, quando eu percebi que eles ficaram realmente muito escrotos.Aos 14 ou 15 anos, via Chiquititas.Largava a mochila da escola longe e ligava a tevê.Cavaleiros do Zodíaco, meu desenho favorito.A Saga das 12 Casas.Amava!!!!O cosmo flamejante, Shun esquentando Hyoga, aqueles cabelos esvoaçantes do Shiryu, o Seya, ele era escroto, mas meu preferido era o Ikki.Eu sempre fui marrenta como o Ikki, meio fria, até os meus 14 anos.
Não tive amigos de infância, apenas a minha irmã Sá, na verdade, amigos de verdade ainda espero estar conhecendo-os.Brinquedos, hoje todos estão guardados na casa do meu tio em Caxias.Livros infantis foram dados e hoje baixei tantas músicas infantis para a festa.Festa ploc, eu vou me acabar lá.Aos 22 anos, trabalhando, estudando, namorando sério e tendo problemas de gente grande.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Das grandes reflexões sobre as grandes reflexões

Disse Bianca Regina: A gente tem crise de baixa auto-estima quando estamos perdidos, não quando estamos feios ou derrotados.

Nada que aconteceu na minha vida foi normal.Não deixo de ver emoção nela, mas freqüentemente reclamo das jogadas que a vida me leva.Ela prega peças e, quando a gente vê, está mergulhado num momento de grandes decisões.

Minha nota de latim foi uma grande vergonha.Já a de grego foi até que bunitinha.Acredito que eu fui muito melhor do que meus resultados mostraram no meu exame de faixa e sei que minha prova de português é uma grande incógnita.Fato: ainda não acredito na grande cagada de passar para a UFRJ.Questão de inteligência e sagacidade?Não, disso eu sei que não.Algo como destino ou, pra quem não acredita, extrema sorte.

Sim, as pessoas têm a tendência de sumir.Então que elas sumam!Foda-se todas as pessoas que somem!Um brinde ao foda-se!

É uma questão complicada o amor.Só sei que nada sei?Sei...é claro, tudo sempre me fez tanto sentido, mas estava tão cega...Porque a gente não enxerga essas coisas tão obvias?É mais obvio do que 2+2...Amo.Foda-se o que não deu certo.Amo, amo mesmo e é isso ai.A vida é feita disso, principalmente porque não adianta me puxar para outros caminhos; já decidi que aquela foi a última solidão da minha vida (♫ e nunca mais solidão...solidaaaaaaaaaaao...♫ ).

Minha vida costuma caminhar pro lado onde a privada se encontra, mas sempre existirá o Bom Ar.Tá tudo cagado, mas a gente espirra aroma de flores do campo e ninguém percebe.E se a vida não fosse uma merda, qual seria a graça dela?É com merda que a gente aduba a vida...

A barata de Kafka realmente tem mais moral do que o gafanhoto que eu tenho ser...

A velhice chega.Serei uma velhinha enxuta.Ou pelo menos tentarei ser!

O sono é uma coisa que faz parte do meu cotidiano.Faz parte dormir, ressonar, babar enquanto o Pucheu fala que a laranja não pensa.Faz parte as dores nas costas, as ânsias de vomito, o fechar de olhos em pé no ponto de ônibus, o não dormir esperando namorado ligar.Faz parte porque pra viver, sente-se sono; é uma condição básica para isto...

Pobre.Fato.E cada vez mais.O lance é parar de sonhar com aquele iate, Fernando de Noronha e o Audi A4 se eu realmente quero ser professora.

E dai que eu não lembro de nada que leio?Não lembro nem do que eu tô fazendo aqui...