terça-feira, 19 de janeiro de 2010

2010

Ando em crise de criatividade, por isso que parei de escrever. O que não significa ser uma coisa ruim; quando eu posto seguidamente, sinto que vocês desaparecem. Não que eu seja dependente de vocês, mas meu blog precisa de público.
Mal o ano começou e uma série de tragédias são noticiadas na televisão. Não, não vim falar de tragédia, de Haiti, de Angra, de nada disso. Ando muito chocada com essas coisas e prefiro não ficar lembrando. Gostaria de ajudar de alguma forma, com alguma doação ou algum dinheiro, mas mal tenho pra mim. Nesse ponto, sinto que esse ano será muito mais difícil do que o ano passado.
No meu aniversário, toda a minha empolgação foi por água abaixo e vi que o que eu conquistei foi só um elefante branco. E daí sete anos de luta? Acabei levando o tal do prêmio de consolação que ninguém consegue compreender. Eu consigo compreender claramente, mas não dá pra dizer sem que ninguém entenda que não é uma crise inútil para que me diga que eu não sou nada de ruim que penso sobre mim.
De alguma forma, terei que inventar quase setecentos reais por mês. Não que nada do que conquistei seja ruim, não, não! Eu entendo que a gente só pode fazer o que nossos limites nos permitem (por mais que haja aquele papo de superação e etc. Tem coisas que a gente realmente não pode fazer nessa vida), mas é meio bizarro entender que esses são os meus limites.
Por outro lado, algumas coisas na minha vida vão bem. Ando cada vez mais apaixonada. Consigo entender agora que eu passei pelo que passei pra saber como se faz. Não quero errar em nada agora. Esse "agora" que mencionei é um tempo presente, e não um daqui pra frente. Há quase 3 anos eu faço de tudo para que dê certo entre eu e o namorado. Sei que ele faz o mesmo esforço (não vamos medir esforços, não é esse o assunto), e entendo que é por isso que estamos bem, agora. Estamos como um casal normal, cheio de altos e baixos. Os altos são devidamente aproveitados e os baixos são devidamente resolvidos. Cada dia que passa é uma descoberta, uma aventura. É como se eu tivesse um anjinho ao meu lado, que pega na minha mão na hora de atravessar a rua, mas sabe perfeitamente o que quer entre quatro paredes. Jogamos video-game como duas crianças, brincamos e zoamos como dois irmãos, trocamos segredos como dois amigos e nos amamos intensamente como dois namorados.
Meus amigos continuam sendo do jeito que eles sempre foram. A maioria estranhos, mas todos muito singulares. Cada vez mais valorizo e amo meus amigos antigos, tantos anos de luta. Assisto suas mudanças, suas vitórias, seus causos. Dessa forma que deve ficar, sem tirar nem por. Ano passado passei por uma perda não muito lamentável. O que eu realmente lamento é justamente o fato de que antes de tudo ele era meu melhor amigo. Troquei muitos segredos com ele, aprendi muito com seus conselhos. Foi num dia muito difícil pra mim, uma dia tempestuoso, que até hoje não sei muito bem lidar com isso, que ele se revelou não tão melhor amigo pra mim. Fez de tudo pra que eu me separasse do namorado, meus amigos brigavam comigo porque eu não tinha me afastado dele, deu em cima de todas as minhas amigas (solteiras ou não). Misteriosamente, ele largou do meu pé até hoje. Não quis buscar informações do porquê disso, é o que ele quer. Foi muito difícil pra mim sustentar uma amizade mais estranha do que eu pude suportar. Sei que o que se tornou mais difícil pra mim foi consertar meu próprio erro agravado por ele, no acidente de julho do ano passado. Ele vive agora de exibicionismo barato na internet.
Atualmente estou vivendo entre Taquara e Cidade Nova. Isso será até fevereiro, com o início das aulas. Quatro anos finalmente estudando algo que valha a pena. Sim, dessa forma eu devo estar merecendo. Gastando muito, e sabe-se lá qual será o retorno disso. Estava realmente feliz até o dia do meu aniversário, mas isso é uma coisa que acontece, né? 2010 já está rolando e minha tia querida de Minas me disse que anos pares são muito melhores. Tomara.

P.S.: fotos do meu aniversário. Na primeira, as superpoderosas e, na segunda, as pererecas do jazz