domingo, 23 de março de 2008

De dentro do meu coração - Regurgitando

Não quero mais que as coisas voltem ao normal.Tudo que foi feito me magoou e destruiu toda a minha confiança.Sei que não é mais de interesse de nenhum dos lados de voltarmos a ser as grandes amigas, a super dupla de antes.Foi uma coisa que não pode existir no presente, porque um dia as coisas sempre se vão.

Não posso dizer que valeu a pena ter gastado meu tempo lá.Talvez, ficando em casa, ou indo para outro lugar, eu ainda a tivesse por perto, ainda a mantivesse sob minhas vistas.O arrependimento não pode bater agora; tudo já se foi, tudo já era e faz parte de um passado que nao pode vir a ser presente.

De todo um arrependimento que bate, agora isso me atordoa nas minhas noites mal dormidas.Todos os dias acordo pontualmente às seis e meia por uma questao de hábito.E no meu sono picotado, na minha noite mal dormida, sonhei com a sua falta e a sua presença.Do que mais me incomoda e do que mais sinto falta.

Não dá mais pra ficar com um grande buraco, foi como se tivessem arrancado um pedaço do meu cérebro.Mas o cérebro não se regenera.

terça-feira, 18 de março de 2008

De dentro do meu coração

"Por que você não escreve sobre isso?Talvez te ajude a pensar melhor..."
***
Sentei-me à mesa, liguei o computador.Faz alguns dias que tento falar sobre isso, mas na verdade eu não consigo.Não sei se preciso de férias melhores ou de uma grande válvula de escape.Tudo foi por agua abaixo e meu grande tato para contar histórias falhou talvez de vez.Perdi meu termômetro e não sei mais o que digo e pra quem digo.
Não faz muitos anos que me fizeram sentir assim: vazia.Como se eu estivesse cercada de mil amigos, todos eles adoráveis e queridos, reciprocamente, mas que, no fundo, estivesse completamente sozinha.Quando se perde o chão, o abismo pode ser muito fundo.
Não sei do que exatamente sinto falta: do preenchimento desse vazio ou de quem preenchia.Às vezes olho para os grandes olhos e percebo que sinto falta de um preenchimento.Busco esse recheio em pessoas que quase não têm paciencia em ouvir.Deixam-me triste.Olhos pequenos, diferentes, desatentos.Há noites em que fico admirando as estrelas do meu quarto e lembro de quem preenchia, e choro.Sinto muita, mas muita falta de quem tive que abandonar, por tamanha ignorancia de sua parte ou intolerância da minha.Lembro de tudo; repasso fato por fato e cada vez mais chego à conclusão de quem não errei em nada, não desfiz nenhum passo.Por que teve que acontecer dessa forma?
Sempre defendi a grande amizade, daquelas supremas e inabaláveis, mas já é a terceira vez que a grande promessa torna-se um grande furo, um grande erro.Sinto e não sinto, entristeço feliz e aliviada.Como existir dentro de mim esse grande paradoxo de amor e ódio, saudade e fuga?Como posso conseguir guardar tantas coisinhas pequenas, sem ter com quem dividir?Como tirar minhas dúvidas, passar as tardes de domingo sem o Palácio, as tardes de sábado sem os DVD's?E como, ao mesmo tempo, conviver com a lembrança da ignorância, do esquecimento?Como ser esquecida tendo a tamanha importancia declarada aos quatro ventos?Como ter aberto mão de tantas coisas, de tantos outros eventos?Por que ter dado chance ao fracasso?Não teria sido melhor tapar o sol com a peneira e nunca ter descoberto que podem, sim, ser capazes de me esquecer?
A solidão...ah, a solidão.Amiga que sempre me acompanhou, desde a mais tenra infancia de pátio da escola e bola de futebol, até os dias que me seguiram no primeiro dia de aula no pré vestibular.Dela esqueci, e pude contar com um inicio de mil amigos que me ajudaram a vencer.Nunca mais pude ve-la tao forte dentro de mim.Passaram-se alguns anos e ela voltou a me acompanhar, como nos velhos tempos de infancia.Ver-me tao cercada, tao conhecida no corredor escuro da faculdade e sentir-me tao longe de todos, tão sozinha de tudo.
Na verdade, é muito mais do que isso.A tão mágica língua portuguesa não pode exprimir tudo que sinto.Sábio Mattoso, que afirmou que a linguagem também está nos gestos e olhares.
***
Releu e achou melhor deixar assim mesmo.Pronto, Dani, acho que consegui escrever.
E fui viver.
P.S.:Amor e ódio são sentimentos que se confundem.Talvez seja mais fácil assumir essa filosofia tão abstrata e entender de vez que o que eu sinto é amor e ódio.

sexta-feira, 14 de março de 2008

De Tudo

...e foi ai que sentiu medo...
Parecia tao facil para quem já estava acostumado a viver assim.Era tao mais facil do jeito antigo, mas a vida resolveu virar de cabeça pra baixo, como nos romances que costuma ler.Aqueles em que tira toda a expectativa de um determinado final e te direciona a outro.Mas a sua vida nunca foi um romance.Ninguém ousaria publicá-la em um livro, para todos lerem e fazer comentários.Não, não...
Se fosse explicar tudo, mas tudo que pode ser mudado numa vida só, talvez um pequeno espaço da internet nao seria suficiente.
O medo sempre vem pra fazer com que criemos coragem.Mas quando a coragem demora a surgir, o medo consome mais e mais...
Viu a coisa evoluindo, a vontade crescendo, o coraçao batendo...Não soube mais o que fazer ou como agir.Os olhos não fizavam mais o mesmo ponto e nao sabia mais pra onde correr.Parecia tão ridiculo aos olhos dos outros, mas era muito grande.Maior do que pode ser, do que deve ser.Por isso sentiu medo.
Medo de que houvesse uma grande explosão, que nenhuma metáfora seria capaz de explicar.Medo de falar, de agir.De ser.
Ser como uma pessoa idiota, uma grande idiota que age como se avida conspirasse a seu favor.Algumas coisas podem ir do jeito que você quer, mas não significa que a vida é o que você quer.É como se esperasse uma surpresa ruim sempre, como se um dia pudesse acordar, levantar da cama e tomar seu café.Seria um sonho apenas?Mas não tem como explicar os sonhos em que sentem-se cheiro, gosto e dor.Mãos geladas e vontade de voar, elas fazem parte da realidade?
...sentiu medo de tudo, de tudo não ser mais nada...
07/05/2007
A gente sempre sente medo das mudanças, mas elas acontecem.O lance é ousar, não sentir medo.Mesmo que pareça muito triste, é bom acreditar que é passageiro.
P.S.:(Momento Xuxa)Queria mandar um beijo pra uma legiao de amigas, mas vou ficar 2 horas enumerando-nas.Então, pra inicio de conversa, Odete, Debora e Katia.