sexta-feira, 19 de junho de 2009

De ouvido colado na vizinhança

Na verdade, essa história eu andei ouvindo por ai, pelas minhas andanças. É sério, podem até comprová-la.
Andei ouvindo por aí que dizem coisas e olham em seus olhos. São coisas que atormentam qualquer pessoa em juízo normal. Como dizem se não se comprovam? Ainda mais, olhando nos olhos. Depois que ouvi essa história, fiquei pensando muito em como se pode fazer isso. Certa vez menti no olhar de alguém. Disse uma mentira olhando nos olhos. Ali, percebi que há um jeito de olhar que, pra quem manja, dá pra olhar e mentir.
O lance é que quem disse isso não sabia o que dizia. É confuso, mas se eu explicar, torna-se simples. Disseram à personagem da história algo que se diz ao namorado ou à namorada. E a personagem não era nada disso.
Alguns homens sentem medos das mulheres com quem se relacionam. Ou, simplesmente, se acomodam. Certos homens são segurados pela ameaça de algo se saírem da linha. No entanto, muitos homens não sabem o poder que eles têm na mão. O poder de desafiar.
"Vai fazer? Duvido!"
Quero ver uma mulher perder as estribeiras, empunhar uma faca e cortar seu membro. Eu, que aqui escrevo, duvido muito.
Lá na portaria, ouço muitas histórias. Isso que nem eu fico mais de 10 min por lá. O elevador daqui demora muito pra sair do décimo terceiro andar pra chegar à portaria. Nesse meio tempo, ouço cada coisa... Ouvi, outro dia, que encontraram um casal na escadaria do prédio. Os dois eram amantes, os dois eram casados, mas não entre eles. Os dois traiam. A troco de quê? Ah, isso nem eu sei dizer. Por que pessoas traem? O que é traição?
Uma vez, quase fiz isso. Quando fui ver, estava agarrada a alguém que não era o cara que eu namorava. Fiquei tão mal que terminei por telefone mesmo, assim que cheguei em casa. Muitos homens traem, mas as mulheres sentem essa vontade de sentir o perigo, a adrenalina subir mais do que a serotonina ou todas as outras reações químicas que acontecem no nosso corpo.
Falar de amor é difícil e dizer "eu te amo" é mais difícil ainda. Ai, nessa história, o cara não só disse como também beijou ela. Vê se pode? Dizer "eu te amo" é mais à-toa do que o sexo casual? Isso perguntaram quando contavam a história. Na verdade não entendi o porquê de tanto escandalo que fizeram. Ué, eu te amo + beijo é normal entre casais que se amam (eu vivo fazendo isso com o Michel). Só que eles não eram um casal normal. Não entendi se o cara tinha medo da garota ou de uma outra que estava por fora, mas que era um triângulo amoroso, era. Uma menina, que viu tudo, disse que o cara ficou assustado quando ouviu um barulho no corredor e saiu correndo. Confuso...
Minha vizinhança tem muita gente fofoqueira, e assumida. Meu porteiro entra na onda e vai contando pra todo mundo. Tem uma menina que nem mora aqui e vive se atualizando com ele. Certa vez cheguei aqui e me deparei com ela de cochicho com ele. Não sei porquê, ela não gosta de mim. Continuaram cochichando e olhando pra mim. Bizarro, mas acho que ela tem medo de mim, mesmo querendo me desafiar. Acho que ela pensa que eu quero tirar algo que pertence a ela.
Mal ela sabe que tudo que eu quero é que ela saiba cuidar das coisas dela, porque eu bem sei cuidar das minhas. E ando ouvindo pelos corredores fofoqueiros que ela mal sabe segurar o que ela denominou ser dela, como se alguém fosse propriedade.
Na verdade, acho que toda essa história é mentira. Acho que a popularidade inventa essas coisas pra conseguir ibope. Sabe de uma coisa? Tem papos aqui da portaria que nem acredito mais. Um belo dia, me desafiaram a um duelo. Disseram que iam me bater e tals...Ainda ninguém apareceu. Tá vendo como aqui na Cidade Nova todo mundo mente?
Pelo menos aqui no meu prédio...

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Ainda sobre dia dos namorados...

Começou junho, olha que beleza! Quer coisa mais revigorante do que junho? Mês em que os casais trocam presentinhos, que aqueles que vao passar a data juntos pela primeira vez se descabelam, que aqueles que terminaram recentemente ficam tristes (enchendo a cara de sorvete ou caindo em nights dos solteiros - aliás, jabá! Meu colega de faculdade Cristiano é DJ de uma festa chamada oiQ?, na Lapa, vai ser dia 13 com o tema PEGAEL. Quem se interessar, ai o orkut dele.), aqueles que recebem surpresas, aqueles que esperam ele ligar e tals...

Ai eu gosto de falar de coisas felizes, ainda caindo naquele tema de ser feliz amando e tals... Meus amigos andam mtão apixonados que eu acabo me supreendendo. Acho lindo. Comprei o meu presente pro Michel sem muitas dificuldades...
-Moça, aquele *******, quanto é? -Ah, custa R$*****! -Ótimo, embrulha pra presente!
O que está me matando é dar um toque criativo ao presente. É difícil, mas vou arranjar um jeito. Viva a papelaria!

Falando nos meus amigos (pra encerrar o papo meloso de namorados, porque tenho outras coisas aqui pra debater u.u), não tem coisa mais legal do que ver seu amigo, sua amiga, se entendendo com aquele carinha, aquela menina. Minha amiga Dani se entendeu com um outro Dani e acabei ganhando mais um amigo. Eles ainda estão naquele clima ultra-meloso de inicio de namoro (não dá pra ficar indiferente perto deles!!!), se pegando em qualquer lugar, e isso é engraçado. Com eles, vejo o contraste (positivo, sempre) das fases de um namoro. No inicio, tudo é lindo, rosa e amoroso, que nem com eles dois, que acabaram de fazer um mês. Ai depois a cumplicidade toma mais espaço, o agarra-agarra diminui saudavelmente, o respeito aumenta e o amor fica mais forte. Essa segunda fase eu estou passando. É lindo viver harmoniosamente, com aquele foguinho do início, mas com muita maturidade de dois anos de namoro. Ai o tempo vai passando e as coisas andam ficando mais sérias. E se o tempo passar muito mesmo, elas vão ficando ainda mais sérias e, é claro, mais gostosas. Seria o caso do Marquinhos e da Marcela, que parecem que já casaram, mas esqueceram de avisar a eles sobre. A história deles é cheia de compreensão e carinho, eles se entendem e cuidam um do outro. É fofo.

Minha amiga Tainá, que adora um relacionamento light e distante, encontrou o amor da sua vida: o cara é chileno, lá do Chile mesmo, e ela voltou recentemente de lá com muitas fotos e coraçõeszinhos sobrevoando a cabeça. Relacionamentos a distancia são complicados, mas ela se complica quando o cara mora perto dela. Ela encontra a felicidade sabiamente longe, bem longe de casa. Minha amiga Bel se enrolou nessa também, mas o João é daqui de perto, da Bahia (ok, não tão perto). No caso dela, é engraçado como não há nada oficial, mesmo ele sempre fazendo questão de passra uns dias aqui com ela...

As pessoas, de fato, são diferente. Nós somos diferentes com outras pessoas. Acredito que não sou a mesma que eu era com o meu primeiro namorado sério. Tenho certeza que o Michel não vê os mesmos dilemas que eu tinha com o antigo. Não porque passaram-se anos (exatos 5 anos), mas porque a gente muda e a pessoa que está com a gente é diferente. A tendencia é sempre melhorar. Frustrar-se é normal. A gente aprende que com esse tipo de personalidade a gente não se dá (ou, pra mim, geminiano não poooode!) e esse tipo de atitude não se casa muito bem num relacionamento sério.

Relacionamentos sérios são sérios e devem ser levados a sério. Quanto a isso, poderia ficar contando mil histórias pra vocês. Talvez ao vivo, numa mesinha de bar, porque publicar histórias aqui pela internet é meio brabo, né? Como certa vez que eu reencontrei uma paixonitezinha de infancia aqui pelos arredores...xiiiiiiiii, tem polícia na area, rs!
Tátátá, vou parar por aqui. Falaria muito mais, mas perceberam que faz um frio? Os próximos posts virão com a mesma melancolia de sempre. Talvez o próximo post tragá coisas inacabadas...