sexta-feira, 6 de abril de 2012

Muita coisa

Muita coisa mudou desde a última vez que postei alguma coisa nesse blog. Falta de tempo, união, separação, faculdade, amigos, fui tudo deixando pra primeiro plano e esqueci do blog. Aqui sempre foi meu refúgio e, quando fui pra Jacarepaguá (sim, passei pelo sonho de juntar as escovas de dente e o desprazer de separá-las), meio que perdi essa necessidade de reportar todos os meus pensamentos. A vida ficou fácil, cotidiana e gostosa. Bem, um dia essa vida fácil, cotidiana e gostosa acabou, e cá estou eu, de volta ao blog e...solteira!

Minhas desventuras de moça solteira aos 27, deixo para outra postagem, se eu tiver tempo. Por enquanto, maré baixa, véspera de feriado em casa na cia de um blog... vocês acham que eu estou me dando bem?

Eu tenho é gastado mais meus neurônios em entender as pessoas, como sempre. Ainda não sei porque perco meu tempo com elas. Devo ter um ímã que atrai gente confusa de qualquer naipe, mas eu, hoje, cheguei a conclusão de que as pessoas todas estão muito difíceis de entender.

Realidade: todo mundo complica o que há de mais simples, que é o relacionamento.

Sim, daqueles que você se envolve e tals. Esses dias, descobri que ser amiga de ex é a pior coisa que existe. Bem, sou amiga do meu ex e essa amizade não tem me desagradado. As pessoas dizem, e eu ouço isso genericamente, e não como críticas a mim, por ser amiga do meu ex, que esse tipo de amizade tende a não dar certo. "Ah, mas por quê?", pergunto eu, porque eu sou dessas de aprender com a experiencia alheia também, porque não sou ignorante, e me respondem:"Porque não dá certo."

Nenhuma experiencia compartilhada, nenhum aprendizado. Pelo contrário, amigos meus que carregam os ex na sua lista de amigos do facebook e na lista de compras de chocolates de páscoa me garantem que, sim, dá certo e que não, não há nada de errado nisso. Basta só você estar pronto pra ver seu ex com sua atual namorada, ou vice versa. Bem, acho que isso é um pré-requisito, não?

Falando em ex, engato para relacionamentos atuais. O que tem acontecido com vocês, crianças??? Que ânsia é essa por encontrar alguém? Que papelão é esse de tentar se matar pelo cara/pela garota? Que vexame é esse de levar a namorada pra conhecer seus pais e, dia seguinte, assumir relacionamento com outra mulher? Que digo desses caras que, no meio de uma viagem romântica, diz pra namorada que não sente mais o mesmo por ela? Mulheres, que desvalor é esse, de reclamar de tudo que ele faz, de impedir que seu amor fale com os amigos, impedindo a seção de video games? O que tem acontecido?

2011 virou o mundo amoroso de muita gente de cabeça pra baixo. Meu facebook foi floodado por mensagens de mudanças de status. E sempre era "De um relacionamento sério para solteiro". Dias seguidos. Meu último namoro acabou no mês em que 70% dos meus amigos ficaram solteiros. Era eu choramingando de um lado do telefone e minhas amigas choramingando do outro. Um ex-peguete meu me salientou algo curioso: depois dessa maré baixa, essas pessoas pareceram desesperadas por namorar qualquer um. E ele não estava errado. Vi amigos meus se juntando com pessoas totalmente diferentes, amigos meus pensando nos ex, mas namorando outras pessoas. Vi minha caixa do "Truth box" bombar de maneira nojenta. Passei a receber cantadas de pessoas estranhas (algumas interessantes), de pessoas que pouco falavam comigo. Vi amigas apresentando amigos pras suas amigas, e vi relacionamentos fracassados se reatando e se desmoronando de novo e se reatando de novo e...argh!!!!! O que está acontecendo, gente? Que medo da solidão!

Estou solteira, mas não me sinto sozinha. Fiz amigos interessantíssimos e reacendi a chama de amizade há muito tempo perdidas. Renovei meu círculo. Atualizei minhas fofocas com meus melhores amigos. Percebi esses dias que tenho muitas amizades de mais de 5 anos. Praticamente uns 30% do meu facebook, e, bem, isso é muito legal. Revejo meus amigos da primeira faculdade (mencionei, né? Que não faço mais Letras... ah, tá, vocês já sabem disso...) com alguma frenquencia (menor do que eu gostaria, mas revejo), tenho ligado pras minhas amigas de muitos anos. Resgatei o primeiro amigo que fiz na escola onde estudei meu ensino fundamental e ensino médio.

Sinto falta de um carinho, e quem não sente? Mas não me sinto na urgencia de ter esse carinho. Sei que, se rolar, eu vou encarar da mesma forma que eu encarei meus últimos lances: de peito aberto, com muita honestidade. Sou leal a tudo que eu meto a mão: trabalho, carreira, amigos, amores. Principalmente, aos meus sentimentos. Por isso, não entendo esse fenômeno carência de vocês. Não entendo oa sentença estou confuso. A frase preciso de um tempo pode me render anos de experimentos científicos e uma dissertação de mestrado (sorte que não faço psicologia ou serviço social, né?), e tenho certeza de que não chegarei numa resposta. Nunca abri mão de um peguete por estar confusa. Lá na frente eu acho a resposta, vamos em frente. Interrompo quando tenho certeza de que não quero. Digo:"Ó, não quero." Não iludo, não digo coisas sem certeza, não incluo meus pais nos meus relacionamentos incertos. E recomendo a vocês não incluirem os seus.

E eu vou dizer uma coisa: eu sigo meus pré-requisitos. E recomendo a todos que tenham critérios. E se você conhecer alguém que se encaixe nos meus, favor, envie o currículo! Brincadeirinha...







...não, não. É sério O.o

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Inveja tem sono leve

As arrumações de quarto sempre me rendem bons post no blog. Dessa vez, a história não foi tão boa: mexendo nos sapatos, arranjei uma gripe. Resultado: nem sei se conseguirei fazer as coisas que eu quero fazer nos próximos dias. Isso, sem contar com o belíssimo tombo que levei na faculdade, no meio do pátio da Letras. Resultado final: estou com o naruiz entupido e as coxas doloridas. Nada bom...

Os máis céticos chamam de desastre. Os mais místicos chamam de olho grande. Maldito esse olho grande que pega a gente de surpresa. Justamente na época de baixa produtividade pessoal na minha vida. Na verdade, as coisas até iam muito bem, mas de repente, tudo começou a desandar. É muito comum a gente comemorar algumas coisas legais que andam acontecendo com a gente, mas a gente mesmo vai aprendendo que não se deve fazer dessa forma. Como assim?

Oras, as pessoas desejam coisas, de todos os tipos. Na verdade, eu não entendo como acontece esse lance de inveja. Blablablás à parte, também invejo as pessoas. E você também, não venha de papo. Quando você passa o ano inteiro estudando pra passar naquele concurso que só abre uma vez na vida e seu amigo, se só estudou na véspera, passa em primeiro lugar, você não fica bolado? Claro que fica, po!

Uma vez, li na revista que colocaram uma mudinha de pimenteira na sala do presidente, lá em Brasilia. Perguntei à minha mãe a relação entre a pimenteira e a sala do presidente e ela, defensora ferrenha do Lula (eu também sou, mas eu nem pretendo votar na Dilma, lamento), disse que pimenteira é muito bom pra olho grande. Aí, todas aquelas histórias de proteção e mistiscismo que eu ouvia da minha tia-avó vieram à minha memória. Minha tia-avó era mãe de santo e morreu quando eu tinha uns 10 anos, mais ou menos. Lembro-me que eu morria de medo dela quando ela recebia aquelas entidades e coisas do tipo. Até hoje fico meio assustada de lembrar. Ela dizia que olho gordo é assim mesmo: você começa a ver que tá dando tudo certo e acontece qualquer coisa que desanda tudo. Minha madrinha teve várias daquelas pedras olho-de-boi e dizem que, você colocando num copo d'água atrás da porta, afasta o mau olhado. Aquilo quebrou umas quantas vezes no quarto dela, sem que ninguém tocasse. Imagina? Você tá vendo tevê com todos na sala e só ouve um barulho de vidro lá do quarto? Credo...

No final de tanto papo, venho tentando praticar a filosofia de uma grande amiga minha: menos papo, mais sucesso. É irresistível contar pra sua melhor amiga que conseguiu aquele super emprego ou contar para o namorado que fez uma excelente prova na faculdade. No entanto, é muito melhor declarar oas quatro ventos o seu sucesso quando tudo está pronto e forte, sem riscos de desmoronar nada. Por mais que seja difícil, assim, a gente consegue usufruir de toda a coisa boa. Mesmo sendo cético ou místico. Importante prevenir, né?

***

Arrumando meu quarto, descobri algo muito feliz. Há pouquíssimos resquícios do meu passado escondido no armário. Ou eles estão muito bem escondidos, ou o tempo se encarregou de picotá-los e jogar fora. Agora não sei mais o que eu faço com os lindos desenhos que meus alunos fizeram pra mim. Sinto falta deles numa dualidade cruel: nunca voltaria para o colégio onde os conheci, mas eu sonho com eles todas as noites, com saudades daqueles pentelhos atentados. É complicada essa vida de professorinha...

terça-feira, 20 de julho de 2010

Que dia é hoje?

Passei os últimos seis meses tentando escrever. Não sei o que aconteceu. De repente, minha veia escritora se definhou. Aos poucos, perco a paciência pra escrever. Fica cada vez mais difícil tentar bolar um texto legal pra ser lido.
Muita coisa aconteceu durante os seis meses que eu só fiquei bolando algo legal pra colocar aqui. Grandes acontecimentos, tudo ao mesmo tempo. Eu, particularmente, fiz muita coisa, e ao mesmo tempo. Nem sei como cheguei inteira ao mês de julho! Ouvi por aí, algum sábio conselho de um sábio amigo, que é imporante fazermos tudo ao mesmo tempo enquanto somos novos, para que, quando envelhecermos, podermos usufruir de tudo que estamos conquistando agora.
Fico, às vezes, pensando em cada palavra que cada um vem me dizer. Opiniões, desabafos, histórias. Nesses últimos tempos, o que mais ouvi foi histórias. Gosto de ouví-las. As pessoas, para mim, são como livros ambulantes. Não tenho essa de "você não me interessa", e eu sempre caio na mesma armadilha do "tenho uma coisa pra lhe contar". Perdi aulas, até algumas provas, e quase perdi um namorado, por conta da minha curiosidade despertada por alguns minutos de boa história.
Hoje é o dia em que as pessoas se cumprimentam: dia do amigo. Esse lance de dia do amigo é interessante, porque você faz a social àqueles todos de seu convívio. Você já parou pra pensar quem são seus verdadeiros amigos? Os da naite, os da faculdade, os da escola, os do condomínio, os do cursinho, os do orkut... As pessoas mais populares são as que tem menos amigos, observe.
Nunca fui a popular de lugar nenhum. O máximo de popularidade que cheguei foi todos saberem da minha vida na escola, em meio a fofocas inventadas das pessoas que não gostavam de mim. No entanto, tive amigos muito importantes ao longo da minha vida. Tive e tenho, porque alguns deles já preferiram seguir seus rumos sem mim (e eu também). Apesar de dizerem por ai que o "passado já passou", não posso deixar os amigos que não estão comigo perdidos num museu. Eles foram, pra mim, naquela época, importantes pra mim. Esse parágrafo, dedico a eles.
Falando de presente e futuro agora, passei meus últimos 25 anos vivendo intensamente e cercada de boas histórias. Bons amigos, infelizmente nem tanto (às vezes recebo deles algumas surpresinhas), mas, em meio a tantos defeitos, ainda os considero como tal e essa lição de manter todos os nossos com todos os seus pertences, aprendi à duras penas. Sendo hoje dia do amigo, quero agradecer a todos: aos que me apoiam, aos que não me apoiam, aos que me respeitam, aos que não me respeitam, aos que estão pertinho, aos que moram em lugares muito longes, aos que me chamam de mãe, aos quem eu chamo de filhos, aos que me amam, aos que me amaram, aos que me amarão. Amigo carrega conceitos diferentes, e eu respeito todos eles.