sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

6 coisas sobre mim!

Então, o Marcelo me lançou esse desafio: pegar 6 coisas entre as tantas coisas da minha vida e listar aqui no blog. Isso vai ser difícil, tenho tanta coisa pra falar...Heehehe, vamos lá!

1 - Por muito tempo, sonhei em fazer biomedicina, mas depois de umas frustações da vida, me conformei em ser professora de português, rs. Faço Letras na UFRJ e vou começar o sexto perído. Ano que vem é a minha formatura e meu vestido será roxo com muito decote (dá licença?).

2 - Namoro há quase 2 anos o Michel, e acho que nunca fui tão feliz quanto sou agora, depois de já ter passado por diversos perrengues. Nosso relacionamento é diferente, a gente se diverte muito um com o outro, até em meio às responsabilidades do namoro ou da vida. Fiz muitos amigos, conheci muitos lugares, passei por grandes aventuras (um dia escreverei o livro "Minhas Aventuras na CDD" =D) e aprendo muito com ele, já que ele é professor de duas escolas públicas e o ajudo nos serviços simples (como ditar as notas do alunos para ele colocar no diário, rs).

3 - Acredito em Deus, tenho fé Nele, mas não sigo uma religião determinada. Acho que religião não é pura porque é criação do homem, e se ele é um pecador, não faz sentido, né? Eu também acho que é um assunto mega delicado de se tratar, mas é importante. Hoje em dias as pessoas brigam por conta de religião e essas rixas só fazem sentido porque são todas criações do homem, e não de Deus.

4 - Sou fã de O Teatro Mágico, BSB, Spice Girls, U2 e GnR, o que prova que sou meio eclética, rs. Nutro uma simpatia por RBD, sou louca por filmes da Disney e adoro assitir uma boa comédia, com esquetes e coisas do cotidiano.

5 - Faço jazz atualmente, mas já fiz 8 anos de ballet, 6 anos de coral e cerca de 8 meses de Tae Kwon Do. Gosto muito de artes, sou muito ligada à música e cultura. Gosto muito de luta porque está intimamente ligada a uma cultura que admiro muito, que é a oriental. É uma arte coreana, baseada em só chute (WTF) ou com soco também (ITF, que era o que fazia). Dançar também é muito revigorante pra mim, treina minha concentração e os movimentos do meu corpo ficam menos brutos.

6 - Tenho muitos amigos e, no último ano, perdi alguns e ganhei um monte. Toda perda é um prejuízo, e todo ganho é um lucro, e é muito ruim descobrir a realidade de pessoas em quem você confiou durante um certo tempo. Gosto de amizades que nascem sem nenhum compromisso, que quando você percebe, você já conta com aquela pessoa faz tempo. As que existem desde sempre são, para mim, uma extensão da minha vida, são pessoas que vão ficar comigo para sempre de verdade.

Aff, tinha mais coisa, mas fica nisso mesmo, eu hein?!

***

A chuva não pára, e ela me deixa triste.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Lembrar de que, mesmo?

Adoro arrumar o quarto.

Na verdade, não é minha atividade preferida, mas não deixo de gostar.
É interessante quando se chega aos 24 anos, sendo outra pessoa, tendo mais história pra contar. Numa das milhares de caixas, achei fotos da Pat adolescente. Incrível como as lembranças vieram no mesmo jato de velocidade, já que ela e eu compartilhamos as mesmas histórias.
É bom lembrar-se de tudo que já foi feito e saber que passando por tantas coisas ela pôde construir o que eu sou hoje. É engraçado vermos como somos tão iguais e tão diferentes ao mesmo tempo. Como ganhamos e perdemos amigos. Como as lembranças trouxeram saudades, raiva, alegria, tristeza...
Achei uma foto de 8 anos atras que me fez rir. Eu e uma amiga gostaram do mesmo cara. Na foto, eram nós duas e ele, mais alguns amigos. Lembro-me bem que foi incrível descobrir que a amizade é mais forte do que qualquer coisa, até mais forte do que paixonites. Quando se tem 15 anos, vivemos paixonites. Elas s
ão engraçadas porque nos fazem aprender. Fiquei apaixonada por verdadeiro "fogo no rabo" por esse cara. Ele não tinha nenhum atributo que o favorecesse. Talvez por ser alto, ou por ser inteligente. Características que sempre nos chamou atençao. A inteligência sempre foi uma característica que "nós" sempre buscamos de melhor nas pessoas. Inteligência foi o que mais ela quis ter. Aquela coisa de fazer tudo com grande facilidade. Entender seu lugar no mundo.

Minha mãe achou uns rabiscos de criança. Uns desenhos infantis, expressando sua real necessidade de ser alguém. Dançar bem, seguir bem uma profissão, fazer o seja-lá-o-que-for bem feito. Nossa vida sempre foi a indecisão que senti na pele. A decepção que eu senti da frustração de não conseguir realizar seu sonho de se encontrar no seu espaço. Ou "nosso" espaço sempre foi este, na frente de uma sala de aula? Insensato destino, tal qual a música...

***

Os diários são engraçados, sofridos, mágicos.Por alguns anos, ela guardou extremas mágoas de uma paixão incrivelmente turbulenta. Perdeu amigos. Perdeu chances, oportunidades. Passou por grandes vexames. Encontrei as fotos, tantas dessa época, os dezessete anos, com a saia pregueada curta, a camisa branca de botões azuis. Magra, ossos salientes no rosto, olheiras. Sorriso triste e cansado estampava a foto guardada por anos como uma grande e bonita lembrança. Bons tempos, fortes tempos de aprendizado e frustração. Nesta época, ela aprendeu que as pessoas são capazes de tudo. Carrego a cicatriz de uma fase dura que ela viveu. Carrego a marca de não saber amar, de ter medo...
Os bilhetinhos, as cartas, dedicatórias na agenda. Amigos...ora, tão queridos e curiosos. Cartas engraçadas guardadas com carinho, desenhos que um grande amigo fez dela. Momentos esses que eu gosto de sair da cena e observar. Um bolo comprado com a vaquin
ha de última hora, novos amigos.

A última marca de prejuízo "nos" trouxe tantas boas comanhias. Perder um amigo é sempre um grande prejuízo. O último talvez tenha sido o mais forte, porém o mais cheio de liçoes (e ainda dá pra sentir a falta dessa pessoa). Percebi que existem amigos e pessoas que estão com você. Por 3 anos, elas foram amigas. Mas chegou um momento em que eu descobri que ela so esteve junto de "nós" e, um dia, de verdade, tinha que partir. Entre essa grande decepção, alguém chegou tão de mansinho que eu, logo eu atenta, eu observadora, nem percebi. E quando vi, estávamos dividindo a mesma grade do show do Teatro Mágico. Ela não preencheu o vazio que a outra deixou, mas me proporciona hoje uma experiência diferente, uma amizade engraçada e acolhedora, que me fez esquecer a decepção, e que me ensinou que, ué, fazer o quê, pessoas vão, deixem-nas serem felizes!
Cartas, fotos, diários...registros de lembranças passadas que não sao minhas e são. A festa à fantasia do pré-vestibular onde
estudou (em que ela foi de estudante e...bem, deixa pra lá), o último dia de aula da escola, o dia do trote da Letras (manchas de tinta na bolsa azul), o aniversário da coordenadora do pré-vestibular onde trabalhou (e o beijo que iniciou um relacionamento divertido e cheio de carinho), momentos que devem ser guardados como longos aprendizados. Lances de força, praticidades, coisas do tipo.
Acho que só não sei como devo lembrar de coisas, como devo passá-las para frente. São histórias, marcas, traumas, vitórias, decisões que...Pra que elas serviam mesmo?
Ah...outro dia eu continuo.
Quero trazer lembranças e contar pra vocês...

***


Aos novos amigos, que estão comigo e me fazem felizes..

domingo, 11 de janeiro de 2009

Everyone

As luzes me cegaram de repente e eu não sabia que poderia voltar atras. A música estava alta, e todos já haviam passado pelo palco. Contar até 8; será a minha vez de entrar.

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Eu não sabia a tensão que tantos holofotes eram capazes de causar em alguém. Dias antes, quando visitei o teatro, subi no palco apagado, ensaiei com a calça preta e a blusa de boneca e foi como se fosse mais um de tantos dias iguais. Experimentar aquelas roupas tão coloridas, comprar aquele batom tão vermelho (céus, como se usa batom vermelho numa cara tão branca??), contar os dias...e aquela semana se arrastou como se estivesse atada a correntes. E quando esse dia chegou, algo aconteceu no meu estômago. Maquiagem, cabelo, gel, meia-calça, banho, não se esqueça do pente, do batom vermelho... Mas nada me deixou tão tensa quanto os holofotes. Saber que as pessoas poderiam olhar para mim me deixava cheia de borboletas em meu estômago...apesar de que poderiam não olhar para mim...
(senti vontades de abandonar os ensaios, as danças...as vezes, sentia que era tranparente...até o dia que alguém me olhou...e todo mundo olhou pra mim...e eu tive vontade de sumir)

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A dança faz parte da minha vida porque fez parte da dela. O Ballet...ah, as mesmas sensações, as mesmas dedicações...tardes na cozinha costurando enfeites de cabelo...Agora eu estava dando continuidade ao seu projeto: o Jazz. Era gostoso sentir as mesmas sensações de frio na barriga. Trocas de roupa enlouquecidas nos camarins. Ensaiar bastante, esquecer do mundo lá fora. Torcer para que o relógio se arraste em segundos para que aquela energia durasse mais. Torcer pro tempo voar pra chegar logo o grande dia. Toda aquela tenção de roupas, coreografias e maquiagens. Isso é legal porque alguém teve a idéia e acreditamos nela. No fim do ano, chegamos a salvo, agradecendo os aplausos com todos os holofotes sobre nós. Durante o ano, ensaiamos, viramos o pé, desmaiamos, nos ferimos, trabalhamos de corpo e alma. Tudo isso porque acreditamos e achamos lindo um trabalho feito com dedicação. No final, tudo sai perfeito: as roupas entram, as palmas saem coordenadamente, as crianças acertam os passos... Mesmo que eu me sinta, às vezes, como se eu não dançasse tão bem, saí do teatro com vontade de fazer tudo outra vez.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Coisas

Na verdade, confesso que não tenho muito que dizer. Não sei se esse blog tem espaço para sonhos e angústias, é isso que venho sentindo. É complicado você se conformar com a derrota, mas pior ainda é, mesmo sabendo que tudo foi por água abaixo, você ainda ter que dar de cara com ela.
Confesso que eu não queria que a terça chegasse...
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Em março, algo novo vai acontecer comigo. Irei ao show da banda da adolescencia dela. A sensação de ter 14 anos, como ela tinha, é assustadoramente revigorante.
Esse show vai ser demais!
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As luzes me cegaram de repente e eu não sabia que poderia voltar atras. A música estava alta, e todos já haviam passado pelo palco. Contar até 8; será a minha vez de entrar.
Continuação no próximo post =D