segunda-feira, 16 de junho de 2008

Do amor

Ando meio sensível. Irritantemente sensível.
É como se as luzes escurecessem e o quarto virasse um breu tão profundo quanto a morte. Sinto, às vezes, ela tão perto de mim que sinto, do nada, sem motivo algum, vontade de chorar baixinho.
Às vezes, quando estou em casa, consigo ouvir os murmúros do passado. Talvez até do presente. Na verdade, consigo ouvir pensamentos. Vida boa seria se eu estivesse aceitando o lugar onde meu corpo se encontra, mas essa não é a verdade.
Tudo que quero é sentir meu corpo se esvaindo de mim.
***
Carta 1
Por favor, tudo que lhe peço é um pouco de olhar. Um olhar diferente sobre mim e sobre o que seremos no futuro. Que todo esse amor um pelo outro seja assim, desse jeito, até o fim deste. E quando o fim chegar, quero a distancia de um sofrimento desnecessário de sentir.
Por favor, tudo que lhe peço é que não seja como ele.
***
Carta 2
Espero que lembres um dia de toda a questão que fiz por ti. Espero que lembres um dia que eu fiz a minha parte, mais do que deveria e do que merecias. Espero que saibas um dia o quanto sentí tua falta, pois hoje aprendí a não sentir mais nada. Já sei a pouca questão que fazes, camuflada num medo que talvez não exista. Espero que saibas o quão tento não falar demais.
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Carta 3
As pessoas são o que elas viveram um dia. Tudo que tenho a fazer é agradecer a você por me ensinar a ser a pessoa que sou. Isso não é uma declaração de amor, mas de libertação.
***
Ao gato
Gatinho que chega nos meus pés e se esfrega todo, porque escolheste a mim para se esfregar?
Obrigada por me arrancar um sorriso...
***
As coisas vêm vindo e eu não sei mais pará-las. Tudo que eu quero é que elas não venham mais.

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