quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Da permissão

Ah, permita-me...
...ser quem sou sempre que quiser...
...amar como amo tão explosivamente...
...sentir o sentimento liso e cru como ele vem...
...permita-me...
...rir sempre que eu quiser, com meus direitos aos fôlegos, gargalhos e lágrimas de felicidade...
...chorar, aos soluços e desconsolos, ao me abraçar e lamentar por toda essa dor, sem sentir pena de mim...
...doer, como dói, ah, e como dói, essa dor insuportável de saber que meu limite é muito curto...
...saber o que eu não sei, mas isso nunca saberei bem como saber...
...por favor, eu peço...
...ser quem sou apenas por um dia...
...deixar-me quieta, deixar-me falar...
...sentir, apenas...
...dormir um sono justo, que pertence a eles...
(e que eu durma de tal forma que eu possa sonhar que sou melhor do que a realidade)
...fazer o que quiser, ser como quiser...
...mas não me peçam...
...opinião de dentro, pois sou imparcial...
...opinião de fora, posto quee stou fora...
...que entrem onde estou fora...
...que saia de onde estou dentro...
...apenas quero que as coisas pudessem sair da forma mais justa...e que me deixassem em paz.

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