terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Lembrar de que, mesmo?

Adoro arrumar o quarto.

Na verdade, não é minha atividade preferida, mas não deixo de gostar.
É interessante quando se chega aos 24 anos, sendo outra pessoa, tendo mais história pra contar. Numa das milhares de caixas, achei fotos da Pat adolescente. Incrível como as lembranças vieram no mesmo jato de velocidade, já que ela e eu compartilhamos as mesmas histórias.
É bom lembrar-se de tudo que já foi feito e saber que passando por tantas coisas ela pôde construir o que eu sou hoje. É engraçado vermos como somos tão iguais e tão diferentes ao mesmo tempo. Como ganhamos e perdemos amigos. Como as lembranças trouxeram saudades, raiva, alegria, tristeza...
Achei uma foto de 8 anos atras que me fez rir. Eu e uma amiga gostaram do mesmo cara. Na foto, eram nós duas e ele, mais alguns amigos. Lembro-me bem que foi incrível descobrir que a amizade é mais forte do que qualquer coisa, até mais forte do que paixonites. Quando se tem 15 anos, vivemos paixonites. Elas s
ão engraçadas porque nos fazem aprender. Fiquei apaixonada por verdadeiro "fogo no rabo" por esse cara. Ele não tinha nenhum atributo que o favorecesse. Talvez por ser alto, ou por ser inteligente. Características que sempre nos chamou atençao. A inteligência sempre foi uma característica que "nós" sempre buscamos de melhor nas pessoas. Inteligência foi o que mais ela quis ter. Aquela coisa de fazer tudo com grande facilidade. Entender seu lugar no mundo.

Minha mãe achou uns rabiscos de criança. Uns desenhos infantis, expressando sua real necessidade de ser alguém. Dançar bem, seguir bem uma profissão, fazer o seja-lá-o-que-for bem feito. Nossa vida sempre foi a indecisão que senti na pele. A decepção que eu senti da frustração de não conseguir realizar seu sonho de se encontrar no seu espaço. Ou "nosso" espaço sempre foi este, na frente de uma sala de aula? Insensato destino, tal qual a música...

***

Os diários são engraçados, sofridos, mágicos.Por alguns anos, ela guardou extremas mágoas de uma paixão incrivelmente turbulenta. Perdeu amigos. Perdeu chances, oportunidades. Passou por grandes vexames. Encontrei as fotos, tantas dessa época, os dezessete anos, com a saia pregueada curta, a camisa branca de botões azuis. Magra, ossos salientes no rosto, olheiras. Sorriso triste e cansado estampava a foto guardada por anos como uma grande e bonita lembrança. Bons tempos, fortes tempos de aprendizado e frustração. Nesta época, ela aprendeu que as pessoas são capazes de tudo. Carrego a cicatriz de uma fase dura que ela viveu. Carrego a marca de não saber amar, de ter medo...
Os bilhetinhos, as cartas, dedicatórias na agenda. Amigos...ora, tão queridos e curiosos. Cartas engraçadas guardadas com carinho, desenhos que um grande amigo fez dela. Momentos esses que eu gosto de sair da cena e observar. Um bolo comprado com a vaquin
ha de última hora, novos amigos.

A última marca de prejuízo "nos" trouxe tantas boas comanhias. Perder um amigo é sempre um grande prejuízo. O último talvez tenha sido o mais forte, porém o mais cheio de liçoes (e ainda dá pra sentir a falta dessa pessoa). Percebi que existem amigos e pessoas que estão com você. Por 3 anos, elas foram amigas. Mas chegou um momento em que eu descobri que ela so esteve junto de "nós" e, um dia, de verdade, tinha que partir. Entre essa grande decepção, alguém chegou tão de mansinho que eu, logo eu atenta, eu observadora, nem percebi. E quando vi, estávamos dividindo a mesma grade do show do Teatro Mágico. Ela não preencheu o vazio que a outra deixou, mas me proporciona hoje uma experiência diferente, uma amizade engraçada e acolhedora, que me fez esquecer a decepção, e que me ensinou que, ué, fazer o quê, pessoas vão, deixem-nas serem felizes!
Cartas, fotos, diários...registros de lembranças passadas que não sao minhas e são. A festa à fantasia do pré-vestibular onde
estudou (em que ela foi de estudante e...bem, deixa pra lá), o último dia de aula da escola, o dia do trote da Letras (manchas de tinta na bolsa azul), o aniversário da coordenadora do pré-vestibular onde trabalhou (e o beijo que iniciou um relacionamento divertido e cheio de carinho), momentos que devem ser guardados como longos aprendizados. Lances de força, praticidades, coisas do tipo.
Acho que só não sei como devo lembrar de coisas, como devo passá-las para frente. São histórias, marcas, traumas, vitórias, decisões que...Pra que elas serviam mesmo?
Ah...outro dia eu continuo.
Quero trazer lembranças e contar pra vocês...

***


Aos novos amigos, que estão comigo e me fazem felizes..

3 comentários:

  1. Olá!! Passando aqui para te deixar um beijo e dizer q eu tb adoro lembrar das coisas, é sempre mto divertido viver por alguns instantes momentos felizes do passado. Também é mto importante relembrar erros do passado de modo a aprender com eles e não errar no futuro, isso é amadurecer, como falávamos ontem. E esteja certa de q nas minhas lembranças sempre figuram aqueles lindos anos de calça azul, camisa branca e estrelinhas no peito. Bjaum!!

    ResponderExcluir
  2. Hahahahahahah, obrigado Pat!! Se eu entrar em um, te aviso! Então, tá aí: agora é sua vez de lista aleatoriamente 06 coisas sobre vc! Hahahahah Bjaum!! pS: Como foi lá ontem?

    ResponderExcluir
  3. Obrigado pela visita, Pat!!!Obrigado por gostar da lista tb. Adoro filmes e teatro, tenho uma paixão enorme pelas artes cênicas, mas gosto mto tb da produção. Eu acho, daquela lista, Os Produtires o melhor de todos!! Quanto ao HSM, eu gosto tb, hahahahahaa, fazer oq? Hahahahahha Mas Moulin Rouge é sensacional, sem comparação! Bjaum e obrigado de novo!!!

    ResponderExcluir

depoimento: